sábado, 30 de maio de 2020

E lá se vai o mestre Evaldo Gouveia




Evaldo Gouveia é nome mítico pra mim e associado a Jair Amorim, como ocorre com as parcerias clássicas. E sempre com alto teor dor de cotovelo de sambas canção e boleros, como Sentimental Demais, Que Queres Tu de Mim, Somos Iguais, O Trovador, Brigas e tantas outras que conheci na voz de Altemar Dutra (falecido em 1983). Nos anos 70, Ângela Maria fez muito sucesso com Tango Pra Teresa e acho que foi aí que "conheci" a grande dama da canção. Nos anos 90, Somos Iguais foi regravado por Maria Bethânia e Alguém Me Disse, do repertório de  Dircinha Batista e Dick Farney, por Gal Costa.

Evaldo tinha 90 anos e morreu ontem, em Fortaleza em decorrência da Covid-19, leio na matéria do G1. Como costumo fazer, parti para uma busca com o nome dele. E a primeira referência era de 1953, quando tocava violão no Trio Nagô, conjunto vocal formado por três cearenses, que fez sucesso no começo dos anos 50, se apresentou em Paris e tal e durou 12 anos.


A história do Trio Nagô "começa quando Evaldo, um rapaz de vinte anos, que vivia de cantar (era astro desde os 15 anos, da Ceará Rádio Clube), subiu as escadas do velho sobrado da rua Floriano Peixoto, em cujos altos, de janela para a Praça do Ferreira, funcionava a alfaiataria de Mario Alves", conta a reportagem de Thiago de Mello, na revista Manchete em 1956.

O Trio Nagô em 1956

O Trio Nagô com Ângela Maria em 1955

Bom, o Trio Nagô, que quero conhecer melhor, vai aqui pra ilustrar os primeiros passos artísticos de Evaldo Gouveia. Ele nasceu em Orós, Ceará, em 8 de agosto de 1930 e ainda quando bebê a família se mudou para Iguatu. Começou a compor em 1957. Deixa que ela se vá, parceria com Gilberto Ferraz foi sucesso com Nelson Gonçalves. Com Jair Amorim (falecido em 1993), ele compôs mais de 300 canções. Nos anos 70, a dupla foi homenageada em especial da Globo, lançado em disco pela Som Livre.



Depois da fase bolero e samba canção, no fim dos anos 60 a dupla se voltou pro samba no fim dos anos 60 - O Conde (1969), gravada por Jair Rodrigues é dessa época. No ano seguinte, uma valsa: Minha Canção Para Você. A dupla Jair Amorim e Evaldo Gouveia assina dois sambas enredo para a Portela: O Mundo Melhor de Pixinguinha (parceria deles com Velha, em 194) e Mulher à Brasileira (1978).

E aqui, Evaldo Gouveia canta, primeiro com o Trio Nagô






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