domingo, 25 de março de 2012

Fim de tarde outonal

Gosto de observar a mudança de estações e percebo a troca de guarda pela luz que bate na casa. Tenho um xodó pelo outono que já dá as caras. Hoje, domingão, quando o sol começava a se despedir fui aguar as plantas e, para minha surpresa, tinha uma florida nova no pedaço. É uma alta que mora aqui faz uns dois anos e está na primeira floração. Essa altona é muito da especial.

Há alguns anos tive a honra de escrever um livro sobre Cleyde Yaconis. Chama-se Dama Discreta, saiu em 2004, na primeira leva da Coleção Aplauso, da Imprensa Oficial. Volta e meia lembro das tardes de entrevistas na casa de Cleyde, repleta de árvores e flores. E foi ela quem me deu essa altona que hoje flore. Fiquei impressionado diante da beleza daquela flor, uma cachopa lilás, lá no todo daquelas folhas verdes largas e brilhantes. A dona da casa arrancou um galho e me deu, lembrando que essa espécie não costumava pegar com mudas, mas... Não lembrava o nome e numa próxima visita me deu um papelzinho com eles anotados – Diocrisandra, Gengibre Azul ou Canela de Macaco.

Sob o impacto da primeira visão daquela flor em busca de luz em uma das janelas do apartamento num bruto contraste com o concreto do prédio liguei na hora para lhe contar a novidade. A senhora que é íntima das plantas adorou a novidade e ficamos ali de papo diante da Diocrisandra, toda florida, toda izibida no fim de tarde outonal.


E o livro Dama Discreta pode ser lido online, nesse link aqui embaixo
http://aplauso.imprensaoficial.com.br/livro-interna.php?iEdicaoID=48

3 comentários:

O Andarilho disse...

Vilmar, seus textos são uma "delícia" de ler. Abração, Adalberto

Anônimo disse...

Lindo, Vilmar! Simples como a Cleide!
beijo, da Mulher do Barbosa

Unknown disse...

Muito bom ler tuas descrições sobre os fatos! Parece que estou falando contigo e te ouvindo a mais de trinta anos! Bacana! Parabéns meu amigo!

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