Nascido no Brás e filho de italianos, Vadico foi o parceiro paulista de Noel Rosa. Abaixo, ele conta como se conheceram e fala da primeira canção assinada pelos dois. Depois viriam Feitiço da Vila, Pra Que Mentir, Conversa de Botequim... A matéria, três anos antes da morte, é assinada por Lúcio Rangel
Vadico
Noel
“A primeira vez que
encontrei Noel Rosa foi em 1932. Não posso lembrar agora dia e mês, mas me
recordo que o nosso encontro se deu nos estúdios da Odeon, onde eu trabalhava
numa gravação com o falecido Chico Alves. Num dos intervalos dos trabalhos,
tendo Eduardo Souto a meu lado, toquei ao piano uma das minhas composições e
com a qual o velho Souto ficara fascinado. Pouco depois de terminada a
gravação, eis que surge o maestro acompanhado de Noel Rosa, que eu conhecia
apenas de nome. Após as apresentações, Souto pediu-me que tocasse novamente o
samba que tanto o agradara. Percebendo o entusiasmo de Noel pela minha
composição, ali mesmo sugeriu que trabalhassemos juntos. Concordamos, eu e
Noel, imediatamente. Dias depois, minha música recebia o título de Feitio de Oração e seria gravada no
mesmo mês pelos cantores Francisco Alves e Castro Barbosa. E com esse samba,
demos início a nossa parceria”
(A Cigarra, Maio de 1959)
E aqui, ao vivo em 1968, uma versão maravilha de Feitio de Oração, com Elizeth Cardoso, acompanhada por Jacob do Bandolim e Conjunto Época de Ouro.
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