domingo, 28 de junho de 2020

Os aromas de Lucia Turnbull

O único álbum solo de Lucinha e o compacto

Na live da Teresa Cristina

Ontem, ela apareceu, de surpresa, no fim da live da Teresa Cristina. E desde então, Lucia Turnbull não me sai da cabeça. Acordei e fui imediatamente aos discos dela que tanto ouvi (o compacto e o LP aí da foto acima, lançados em 1979 e 1980, respectivamente). 

La Turnbull é lado B do rock/pop nacional que precisa ser mais conhecido. O começo é com Rita Lee recém saída dos Mutantes, elas se conheceram quando a banda ainda existia - o disco das Cilibrinas do Éden não chegou a ser lançado e, graças aos deuses, a internet recuperou. Foi da primeira formação do Tutti Frutti e saiu antes do estouro da banda e o de Rita que viria logo depois.

Ilustração de Jejo na contracapa de Aroma

Em meados dos anos 70, foi vocalista de Gilberto Gil, época de Refavela, Luar. E os dois discos vem dessa época. Gil faz a produção executiva do compacto (1979), toca violão e faz vocais em Ói Nóis Aqui Trá Veis.

O LP, o único álbum solo de Lucinha, é do ano seguinte e o título Aroma vem da música que Gilberto Gil - e tem outra de Gil, Sete Sílabas, parceria dele com Perinho Santana. Lucinha assina cinco das 11 faixas - Bobagem e Perto do Infinito com Rita Lee -, Luminosa é do Gonzaguinha, Você Todo Dia do Vinicius Cantuária e Toda Manhã Brilha o Sol, de Leninha e Perinho Santana, que é o produtor executivo. A banda que acompanha é praticamente um time de sonhos daquele início de década - Perinho Santana, Lincoln Olivetti, Robson Jorge, Tomás Improta... "Aroma é ter você na minha, Stevie Wonder na vitrola, cheiro de planta no ar (levado e trazido pelo vento", escreve Lucinha no texto do encarte, Aroma, o Álbum, é isso e tem tudo pra ser descoberto.

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