Quatro duplas de Quebra-Cabeça, série de Gilberto Braga |
Em O Globo de hoje Gilberto
Braga conta suas primeiras vezes com a TV, como espectador quando ela chegava
ao país e uns vinte anos depois como autor (é um papo com a historiadora Rosa Maria Araujo,
irmã dele, e o link vai no final). O autor de Vale Tudo fala do critico teatral, atividade que
exerceu até começar a escrever para TV (A Dama das Camélias, especial com Gloria
Menezes exibido no fim de 1972 foi a estreia e as novelas viriam logo). Então assinava com o sobrenome materno (Tumscitz) e, além de crítico, também escrevia algumas matérias como repórter na revista
Manchete.
Uma série de reportagens chamada Quebra-Cabeça veio no fim de 1970. Dois nomes conhecidos enfrentavam perguntas
culturais. Eis o elenco: Marilia Pera X Regina Duarte, Betty
Faria X Aizita Nascimento, Dina Sfat X Renata Sorrah, Paulo Gracindo X Sergio
Cardoso, Paulo José X Claudio Cavalcanti, Maria Bethânia X Elis Regina, Nara Leão
x Danuza Leão, Gloria Menezes X Yoná, Tarcisio Meira X Carlos Alberto. As duas
últimas duplas foram os casais mais famosos da Globo lá nos primórdios -Tarcisio/Gloria
vinham de Irmãos Coragem e Yoná/Carlos Alberto estavam na Tupi com Simplesmente
Maria. Os convidados respondiam os questionários separadamente e os encontros só ocorriam para as fotografias e nem sempre. Ao final vinha quem havia "vencido", meio programa de tv.
E como eram as perguntas do Quebra-Cabeça? Eis algumas delas:
Como se chama o bairro
dos estudantes em Paris?
Qual o único ato violento de Jesus Cristo?3) Que personagens
simbolizavam a avareza
nas obras de Moliére e Walt Disney
Quantos filhos têm a
Rainha Elizabeth?
Quando, à mesa somos
servidos à francesa, o garçom deve nos servir pela nossa direita ou esquerda?
O que quer diz
black-power, young-power e gay power?
Em 1971, Gilberto Tumscitz
passou a assinar outra série e com menor duração: O Conflito das Gerações, com os artistas e
seus filhos. Alguns deles: Paulo Gracindo e Gracindo Junior, Yoná Magalhães e
Marco Antonio, Danuza Leão e Pinky Wainer, Chacrinha e Jorge, Flavio Cavalcanti
e Flavinho, dessa vez traçando perfis das duplas familiares naquele momento. E
sempre em quatro páginas.
Paulo Gracindo, Yoná Magalhães, Carlos Imperial e Chacrinha em O Conflito de Gerações, uma série de Gilberto Braga |
Além das séries, Gilberto Tumscitz escrevia alguns perfis na revista - Elizeth Cardoso e Renata Sorrah, por exemplo -, além de críticas de shows e peças. Hoje é Dia de Rock (Zé Vicente), Corpo a Corpo (Oduvaldo Vianna Filho, com Juca de Oliveira), Abelardo e Heloisa (Com Miriam Mehler e Perry Salles) e de disco, como A Tua Presença, de Maria Bethânia.
Os Galãs, Esses
Desconhecidos é matéria dessa época, com 6 seis páginas, com um pequeno perfil dos
onze focalizados por Gilberto Tumscitz. Na página dupla de abertura, Tarcisio Meira
("Um galã muito romântico"), Francisco Cuoco ("Aquele Padre
Lindo") e Claudio Marzo ("Vitorioso mas não tanto"), os galãs
mais famosos da Globo naquele começo de década. No elenco de galãs estavam Carlos
Alberto ("Um galã muito intelectual), Claudio Cavalcanti ("Ele surgiu
como um meteoro), Arduíno Colassanti ("Viagem de um pão italiano"), Carlo
Mossy ("Ele perturba as mulheres e os homens"), Paulo José ("Um
arquiteto diferente dos outros"), Jece Valadão ("Ele não é cafajeste
nem quando está dormindo"), Jardel Filho ("Jardel é um galã que
mantém a classe"), Zózimo Bulbul ("Comunicativo, versátil e, além de
tudo, negro"). E muitos dos galãs perfilados viriam a trabalhar nas
novelas de Gilberto Braga.
Os galãs 1971 por Gilberto Braga O link para a entrevista de Gilberto Braga em O Globo https://oglobo.globo.com/cultura/revista-da-tv/gilberto-braga-conta-qual-sua-novela-favorita-nao-vale-tudo-24646128 |
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