Brinco com o povo Netflix que sou mais Retroflix. Como a
oferta de canais é imensa, não aderi ao netflix e nem pretendo - tá, é
baratinho, mas cadê tempo pra tanta coisa?
Fico com o Retroflix, que é como batizei as reprises do Canal Viva. Não perco um
capítulo de Água Viva que, olha só, nem estava entre as principais do Gilberto
Braga e é muito da boa. E a novela de 1980 tem me levado à músicas (e não só
músicas) que andavam lá recolhidas em algum
recanto discreto da memória. Houve Cruisin', beleza de uma maravilha que é
Smokey Robinson e Just Like You Do, da Carly Simon, o motivo dessas linhas.
Daquelas doloridas de amor, começa mais ou menos assim:
"se você está se sentindo sozinho, e acha que é o único assim, deixa que
eu diga, eu me sinto como você". Sim, tem novidade nenhuma aí e dezenas de
canções seguem essa pegada Everybody Hurts.
Na tarde de sábado, Just Like You Do me veio insistente e
fui ouvir. Não tenho em CD e catei Spy, LP 1979 da Carly Simon, que mora faz
muito tempo comigo. Capa preto e branco, foto linda, que Carly foi muito da
bela. Ela e James Taylor formavam um dos casais 20 do pop. Nas nove faixas de
Spy, todas dela, o amor agonizante - e logo veio a separação de James Taylor (o
disco seguinte, que tem Hurt, foi dedicado a membros da família e "para
aqueles que me fizeram chorar"). Tantos anos depois, Just Like You Do, que
tem solo do sax de David Sanborn, segue irresistível
naquele formato pop perfeito. E depois do revival Carly Simon na tarde de
sábado, acho que chegou a hora de mergulhar um livro que comprei faz alguns
meses: Girl Like Us, sobre ela, Carole King e Joni Mitchell. Quer dizer, muitas outras canções da Carly
Simon devem estar vindo por aí.
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