domingo, 3 de janeiro de 2021

Como Ano passado eu morri se apossou de Emicida

 

Do filme AmarElo

Ano passado eu morri, mas esse ano eu não morro: os versos de Belchior reviveram desde que Emicida os sampleou na faixa título de AmarElo, lançado em 2019. Mas o que levou Emicida a atentar pros versos de Sujeito de Sorte, a quarta faixa do lado A de Alucinação, disco de Belchior de 1976? Matéria hoje em O Globo sugere a canção pra hino 2021, mas não revela como aqueles versos finais se apossaram de Emicida.

Verônica Valentino na Casa de Criadores
No filmaço AmarElo, ele conta. Era 2017, ele foi a um desfile da Casa de Criadores, evento paulistano destinado a lançar novos estilistas, e ficou impressionado com uma performance no desfile de Gustavo Carvalho. "Ele pegou uma menina trans cantando pra caralho. ela veio andando na passarela sozinha cantando essa letra. Parava e olhava pra todo mundo e repetia isso." Era Verônica Valentino quem cantava "pra caralho". A performance bateu de um tal jeito em Emicida que ele foi pra casa, começou a escutar Belchior e pensando: "Como que eu nunca percebi isso?".

Era o embrião para que o sampler com os versos Ano passado eu morri, mas esse ano eu não morro embalassem a gravação de Amarelo, que ele divide com Majur e Pabllo Vittar.


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