Lá pelo fim de abril voltei ao tal parque e fui ver como estavam as parentas da planta. Que desolação, restava pouco sinal de vida naquela família verde e vermelha. Apenas uns três galinhos resistiam e nem pensei muito em trazê-los todos pra casa, tadinhos. Pois um deles se tornou a planta mais viçosa do meu jardim, sitiado em cima de uma mesa de madeira bem grande, pensada pra mesa de centro. Sem que demorasse muito, ela, que devia ter vocação pra modelo, foi se espichando (a foto tem alguns meses, ela tá o dobro) e em suas laterais gerando outras que volta e meia transporto pra novos vasos. O resultado é uma invasão dessa folhagem rajada de verde e vermelho colorindo minha casa.
E qual é o nome dela? Bom, somos velhos conhecidos, mas nunca soube. Hoje, lendo uma crônica de um escritor que eu adoro, o Caio Fernando Abreu, descobri pistas. O pai dele dizia que era tinhorão e ele preferia chamá-las de tigrina. Procurei tinhorão no google e realmente é bem parecida. Se não for, é uma variação. Mas pra mim, vai ser eternamente tigrinas, que “são ótimas, bem dispostas, saudáveis e parecem muito felizes”, na descrição do Caio. E minha família de tigrinas vindas de um certo parque é exatamente assim.
Um comentário:
Saudade de palavra boa traduzida em post novo aqui.
Tenha um fim de semana inspirador.
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