Primeiro veio a palavra, quando dezembro engatinhava e eu não esperava nada, nada. Achava que tinha tudo. Moleque, moleque de tudo.
Logo veio a voz, mas continuavam reinando firme as palavras, enquanto o ano agonizava.
Então entraram em cena sete ondas e uma só pra mim, repleta de todo amor que houver nessa vida.
Havia trabalho a ser feito, portas semi-abertas me aguardavam.
Veio a batucada, as palavras continuavam, vez em quando a voz, as portas quase se fecharam, mas restou uma fresta me aguardando, um dia, quem sabe, um dia.
Na dança do tempo era a vez de maio e nos últimos suspiros do mês das luzes oblíquas chegou a imagem – e de uma claridade absoluta.
As portas tinham se aberto. Agora era passar por elas, esquecer os medos, e aproveitar o que me aguardava.
Junto com o frio, veio o riso, continuaram os empates, a redescoberta do quão bom pode ser compartilhar.
Palavra, voz, imagem: como pode ser tão bom. Que os deuses sejam mesmo deuses. E eles tendem a ser. Axé!
domingo, 23 de agosto de 2009
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2 comentários:
t e n d e *
Bom mesmo em noite gelada de domingo é ler tão doce comentário.
Principalmente de quem tanto admiro a escrita.
Tenha uma linda semana.
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