quinta-feira, 10 de dezembro de 2020

Clarice 100 anos: Uma ilustração rara, Drummond e autógrafos

 

É uma bela ilustração e não lembro de tê-la visto em nenhum dos livros sobre Clarice Lispector.  Nem na bela e completa Clarice Fotobiografia de Nádia Battela Gotlib, publicada pela Imprensa Oficial SP em 2007.

A ilustração não é assinada, foi publicada na edição de março/abril de 1946 da revista A Casa no artigo As Palavras de Clarice, assinado por Guilherme Figueiredo. Clarice acabara de lançar O Lustre, seu segundo livro que saiu pela Editora Agir. "Leio essa misteriosa, diáfana Clarice Lispector, para quem as palavras não limitam objetos, e que escreve romances numa atmosfera de sensações menos comunicadas através da linguagem do que reconduzidas aos nervos do leitor", assim começa o texto de Figueiredo.


Revista A Casa, março/abril 1946

Clarice / 
veio de um mistério, partiu para outro: Primeiro verso do poema Visão de Clarice, de Carlos Drummond de Andrade, que saiu na capa do caderno B do Jornal do Brasil com a notícia da morte da escritora.


E no dia do centenário da escritora, duas fotos de sessões de autógrafo, ambas do início dos anos 60. Adoro o olhar de Rubem Braga para a amiga e sempre fico atento a Clarice no fundo da segunda foto: ela parece assustada diante do burburinho. Em que estaria pensando Clarice Lispector?





Nenhum comentário:

Quem quer brincar de boneca? Texto de Vange Leonel

O filme Barbie está por todo lado. E de tanto ouvir falar em boneca, me lembrei de um texto de Vange Leonel sobre elas e fui até grrrls - Ga...