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Foto: Marcos Rosa/TV Globo: no Gshow
Na TV do fim dos anos 60,
começinho dos 70, a música (e os cantores) tinham o status de atores de
novelas. Festivais, programas como Jovem Guarda, Fino da Bossa, Divino
Maravilhoso. As novelas foram se consolidando e os cantores cada vez mais distantes do protagonismo na televisão. Nesses anos todos, houve na Globo exceções: Chico e
Caetano, a série antológica Grande Nomes, entre eles. Vista com os olhos atuais, a Globo dos anos 80 parece um outro mundo. E na
Manchete, o Bar Academia foi outra tentativa de devolver à música o
protagonismo na TV. E nem vou falar aqui da MTV.
Ao assistir ao Altas Horas
em homenagem a Milton Nascimento me veio a saudade da música brasileira, nosso
maior produto cultural de exportação, na telinha. Há quem me fale do Ding Dong,
do Faustão. Tá, pode ser interessante para ver cantores distantes da mídia, mas
é apenas um jogo, um quadro, um dos recheios do bolo, como parece ser o papel da música na TV atual.
Sergio Groisman consegue
algo raro (e não só na TV aberta) no Altas Horas, que é tratar a música com respeito e quase devoção. E
sem distinção de gêneros. A música e os cantores são os protagonistas do
programa. Sim, como o nome indica, não é horário nobre. E quando aparece um
programa especial em homenagem a um gênio como Milton Nascimento essa profissão
amor à música do Altas Horas explode. A repercussão nas redes - Altas Horas e Milton Nascimento foram os assuntos mais comentados do twitter por várias horas -, quase comoção,
mostra que tem muita gente saudosa de ver a música brasileira tratada com
respeito (e protagonismo) na televisão.
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domingo, 24 de março de 2019
Milton Nascimento no Altas Horas dá saudade da Música como protagonista na TV
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