Ava Gardner estaria completando hoje 95 anos. Ela morreu com
67, em 1990 e contou sua vida numa delícia de biografia, lançada aqui pela LPM –
Ava – Minha História. E no primeiro capítulo, Ava narra o que significa
rivalizar com Jesus Cristo no dia do aniversário, um trauma para muita gente. Abaixo:
“Nasci na véspera de Natal do 1922 mem Grabtown, Carolina
do Norte. Não em Brogden ou Smithfield como dizem os livros, mas na pobre e
velha Grabtown. Sabe-se lá o porquê do nome: lá não havia nada para agarrar e
quase nem havia cidade (Grab no original
é agarrar). E vejam que sorte a minha de nascer em Capricórnio. Muitas
vezes achei que era um mau sinal, mas isto não vem ao caso. Nunca foi meu
estilo deixar que coisas pequenas como estrelas se metam no meu caminho.
Falando de sorte, o que me dizem de passar a infância com
o meu aniversário e o Natal sendo comemorados quase juntos? Isto significa que
eu teria gostado de não ser enganada com um presente em lugar de dois que eu
sabia que merecia. E pior ainda: parecia que havia uma outra pessoa, um tal de
Jesus Cristo, cujo aniversário muita gente confundia com o meu. Para mim era
como uma ofensa pessoal. Passou muito tempo até eu perdoar o Senhor por isto.
(...)
Como criança, o que eu adorava no meu aniversário era a
árvore de Natal com velas acesas e o fato de que todos os parentes vinham para
a minha festa. Minhas irmãs mais velhas e seus maridos. Tias e tios. Uma porção
de crianças. E mesmo quando éramos pobres demais para ganhar dois presentes,
mamãe sempre insistiu em fazer dois bolos especiais só para mim. Um era de
chocolate, o outro de coco branco. Minha mãe compreendia que podia ser muito
triste ganhar apenas um presente de aniversário e de Natal.”
Gracias pela lembrança, Cleiton
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