
Não duvidei nem por um segundo e, na hora combinada, lá estava eu, no silêncio da madrugada, luzes apagadas e com um cigarro, à espera. Por entre os prédios, uma nesga generosa de céu azul e nuvens imaculadas num desfile ensandecido. “Você vai ver que tem uma que brilha mais. É pra você”, ele avisara. E assim foi. De repente, por baixo das nuvens que se deslocavam agitadas, apareceram duas, meio apagadas, e logo uma outra, que brilhava, brilhava, brilhava insistente.
Com os olhos umidecidos fixos no céu, me preparava para agradecer ao moço que voa por acelerar meu coração quando, por trás do prédio imenso e espelhado, desponta uma lua absurda, amarela... cheia! Além das estrelas, descobri, o danado também é íntimo da lua. E depois de tanta beleza, fui dormir felizinho da vida.
Um comentário:
que saudade dos seus textos. é bom passear aqui. bjbjbj
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